Perguntas essenciais para tomar a melhor decisão:

1. O que é um Residencial Geriátrico ( Clínica Geriátrica, Residencial ou Lar de Idosos ou Casa de Repouso)?

“Compreende o fornecimento de serviços em clínicas e residências geriátricas ou domicílios coletivos para idosos que não têm condições de saúde e/ou não desejam viver de forma independente. A infra-estrutura oferecida por estes locais, inclui além do fornecimento de alojamento e alimentação, cuidados médicos e psicológicos, serviços de enfermagem e de acompanhantes.” Conforme definição oficial da Comissão Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

2. Como saber se o momento de usar esses serviços chegou?

Cada família e cada idoso representam uma situação singular, mas algumas situações podem facilitar a tomada de decisão, por exemplo: A pessoa corre algum risco ficando sozinha em casa? É capaz de cuidar das suas atividades da vida diária (alimentação e higiene pessoal)? É capaz de tomar corretamente seus medicamentos? Está segura em casa?
Quando muitas dessa perguntas passam a ser respondidas negativamente e a qualidade de vida dos familiares responsáveis está prejudicada, talvez esteja na hora de fazer a transição para um Residencial Geriátrico.

3. Como escolher o local mais adequado para cuidar dos pais?

Primeiro é necessário pensar no prognóstico do seu ente querido e qual a perspectiva de curto, médio e longo prazo.

Segundo, é necessário definir se o familiar necessita de cuidados de baixo ou de alto grau de complexidade.

O ideal é optar por infraestrutura e serviços especializados e de alta complexidade, para evitar ter que mudar o familiar de local caso o local escolhido não consiga atender as necessidades atuais ou futuras.

4. Quais são os tipos de hospedagem?

Hospedagem temporária

de Baixa Complexidade: O idoso mora em casa, mas os familiares precisam se ausentar durante um período (férias, viagens, etc.)
de Alta Complexidade: Uma doença aguda, como um AVC ou fratura, debilitou o idoso rapidamente, mas há esperança de recuperação e retorno ao domicílio. (requer um plano de tratamento e reabilitação multidisciplinar)

Hospedagem prolongada (ou tempo indeterminado)

de Baixa Complexidade: O idoso é independente, mas por motivos diversos, não deseja mais morar na sua casa. (questões de segurança, casa muito grande, familiares moram longe, sente solidão, etc.)
de Alta Complexidade: O idoso tem a saúde debilitada sem perspectiva de retorno da independência, é necessário prevenir hospitalizações, evitar e retardar agravamentos à saúde e melhorar a qualidade de vida com conforto e cuidados especializados.

5. Como avaliar o Residencial Geriátrico?

Visite o máximo possível de locais diferentes.
Traga outro familiar junto.
A equipe é cordial e atenciosa?
O local é limpo, agradável e bem ventilado?
Existe espaço externo como jardins e praças para caminhadas e descanso?
Observe itens obrigatórios de segurança contra incêndio: alarme, extintores e hidrantes, além de sensor de fumaça em 100% dos quartos(obrigatório por lei).
Existe climatização adequada? Caso possua ar-condicionado, qual a frequência de limpeza das unidades internas?
Caso seja necessário algum tratamento de saúde, como e com que frequência ele pode acontecer?
Quem é o responsável técnico? Nem sempre o responsável técnico é o responsável legal ou o proprietário da empresa, são coisas bem diferentes. Sempre observe isso.
Quem é o médico responsável pelo atendimento aos hóspedes e qual a sua disponibilidade no residencial?
Em quais situações o seu familiar poderá ser tratado no residencial e quais situações ele deverá ser transferido ao hospital?
Em caso de hospitalização, quem entrará em contato com o médico do hospital para fazer a internação? Como será o transporte? Quem deve providenciar?
Como é feito o controle de infecções? (no mundo todo, os residenciais de idosos têm o mesmo perfil de infecções de hospital geral)

6. Quais são os documentos importantes que o Residencial deve disponibilizar?

Alguns documentos são fundamentais e obrigatórios. Por lei, o residencial deve manter a disposição de todos os clientes e apresentá-los sempre que solicitado.

Licença sanitária: deve estar fixada em local público de fácil acesso. Peça pra ver e verifique se está atualizada.
Certificado de Responsabilidade Técnica: emitido pelo conselho de classe do profissional, define quem é, de fato, o responsável legal pelos serviços ali prestados.
Certificados de limpeza de caixas d’água e das unidades internas de ar-condicionados(grande responsável por doenças infecto-contagiosas): devem ter sido emitidos nos últimos 6 meses.
Certificado de Recolhimento de Lixo Contaminante: também emitido nos últimos 6 meses.

O mais importamte: Tire todas as dúvidas e veja com seus próprios olhos

Nada substitui a visita presencial ao local. Tenha sempre em mente que os bons locais e seus dirigentes não se importarão em serem verificados de forma mais profunda e objetiva, utilize essa informação para formar a sua opinião e tomar a decisão mais adequada para seu familiar.