O que há de mais moderno no tratamento da Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson é progressiva, complexa e impacta não apenas o movimento, mas também a autonomia, o bem-estar emocional e a qualidade de vida. Apesar de não haver cura, os tratamentos atuais permitem controlar sintomas, preservar a funcionalidade e retardar o avanço da doença — especialmente quando o cuidado é estruturado de forma multidisciplinar.
No Serraville, referência no cuidado de pacientes neurológicos de média e alta complexidade, utilizamos uma abordagem integrada que combina fisioterapia de ponta, reabilitação intensiva, tecnologias assistivas e manejo clínico especializado. Esse conjunto é decisivo para pacientes com Parkinson em qualquer estágio — e fundamental para aqueles em fases mais avançadas.
1. A base do tratamento atual: terapia medicamentosa otimizada
Os medicamentos continuam sendo o principal pilar no controle dos sintomas motores. O objetivo é repor dopamina ou agir em seus receptores.
✔ Levodopa (padrão-ouro)
A combinação levodopa + carbidopa ou benserazida é o tratamento mais eficaz para rigidez, bradicinesia e tremor¹.
✔ Agonistas dopaminérgicos
Pramipexol, ropinirol e rotigotina oferecem boa resposta em fases iniciais e auxiliam no manejo de flutuações motoras¹.
✔ Inibidores da MAO-B e COMT
Selegilina, rasagilina e entacapona prolongam o efeito da dopamina no sistema nervoso central¹.
✔ Amantadina
Importante no controle da discinesia induzida por levodopa¹.
✔ Tratamentos para sintomas não-motores
Distúrbios do sono, dor, ansiedade, hipotensão postural e constipação fazem parte do manejo global do Parkinson moderno¹.
2. Cirurgia e neuromodulação: quando considerar
Para pacientes com flutuações motoras severas e tremor refratário, a Estimulação Cerebral Profunda (Deep Brain Stimulation – DBS) segue como alternativa eficaz, com benefício funcional comprovado².
3. O que a ciência mostra sobre a fisioterapia no Parkinson
A fisioterapia deixou de ser apenas um complemento. Em 2025, ela é reconhecida como tratamento central, com impacto comprovado em:
- equilíbrio e prevenção de quedas
- marcha e velocidade de locomoção
- capacidade funcional nas atividades diárias
- força muscular e coordenação
- mobilidade articular
- saúde cardiovascular
- independência
- prevenção de disfagia em fases avançadas
- melhora da qualidade de vida global
Revisões e metanálises mostram que exercícios orientados reduzem o risco de queda, melhoram sintomas motores e preservam autonomia³⁴⁵.
Até 50% dos pacientes com Parkinson desenvolvem disfagia ao longo da evolução da doença⁶, o que reforça a importância das terapias motoras e orofaríngeas precoces.
4. Modalidades fisioterapêuticas utilizadas no Serraville
A Serraville oferece um programa completo de reabilitação neurológica, estruturado para todas as fases da doença — especialmente para pacientes com maior dependência funcional.
✔ Fisioterapia Motora Intensiva (Neurofuncional)
Treinamento orientado por metas para marcha, postura, mobilidade global e fortalecimento.
✔ Prevenção de quedas e treino de equilíbrio
Baseado em estratégias multisensoriais com evidência sólida³⁴.
✔ Terapias com pistas externas (auditivas e visuais)
Métodos que auxiliam na melhora do congelamento da marcha (freeze of gait)⁷.
✔ Treinos de força, resistência e potência
Programas progressivos com impacto comprovado em mobilidade e equilíbrio⁵.
✔ Fisioterapia Respiratória
Essencial para pacientes moderados e avançados, reduz risco de pneumonia e melhora a capacidade ventilatória.
✔ Reabilitação para Disfagia
Em conjunto com fonoaudiologia, utilizando estratégias posturais, treino muscular e manejo dietético baseado em evidências⁶.
5. Por que pacientes com Parkinson avançado se beneficiam especialmente dos serviços do Serraville
A Serraville é uma clínica médica com internação, registrada no <strong”>CRM-RS e ANVISA, com infraestrutura hospitalar e ambiente terapêutico acolhedor.
Para pacientes avançados, isso significa:
- mobilização segura com guinchos/elevadores
- fisioterapia completa com equipamentos neurológicos
- suporte médico diário
- administração de medicamentos intravenosos
- protocolos de prevenção de quedas
- tratamento integrado (fisioterapia, fonoaudiologia, TO, psicologia)
- redução de complicações clínicas
- melhora da autonomia residual
- redução do risco de internação hospitalar
6. A importância do cuidado psicológico
Depressão e ansiedade são frequentes na doença de Parkinson, com prevalência significativa⁸.
O suporte psicológico na Serraville reduz apatia e isolamento e melhora adesão ao tratamento e motivação.
7. Conclusão
O tratamento moderno do Parkinson é multidisciplinar e completamente dependente de acompanhamento contínuo.
A Serraville combina:
- manejo clínico
- reabilitação intensiva diária
- terapias baseadas em evidência
- estrutura completa de internação
- equipe treinada em alta complexidade
Tudo isso para que pacientes com Parkinson mantenham autonomia por mais tempo, reduzam complicações e vivam com mais dignidade e qualidade.
Referências Científicas
- Olanow CW, et al. Treatment of Parkinson’s disease: an evidence-based review. Lancet. https://www.thelancet.com/
- Fasano A, et al. Deep Brain Stimulation: current evidence and clinical use. Movement Disorders. https://movementdisorders.onlinelibrary.wiley.com/
- Speelman AD, et al. Exercise therapy for patients with Parkinson’s disease: a systematic review. Lancet Neurology, 2011. https://www.thelancet.com/journals/laneur
- Mak MK, et al. Effects of exercise on Parkinsonian symptoms. Movement Disorders, 2017. https://movementdisorders.onlinelibrary.wiley.com/
- Dibble LE, et al. High-intensity resistance training improves strength and mobility in Parkinson’s disease. Parkinsonism and Related Disorders, 2009. https://www.journals.elsevier.com/parkinsonism-and-related-disorders
- Gong S, Gao B, Tong Q, et al. The prevalence of dysphagia in Parkinson’s disease: a systematic review and meta-analysis. Parkinsonism & Related Disorders, 2022. https://www.journals.elsevier.com/parkinsonism-and-related-disorders
- Rocha PA, et al. External cues to improve gait in patients with Parkinson’s disease—a systematic review. Journal of Parkinson’s Disease, 2014.
https://content.iospress.com/journals/journal-of-parkinsons-disease
- Reijnders JS, et al. Prevalence of depression and anxiety in Parkinson’s disease: a systematic review. Movement Disorders, 2008. https://movementdisorders.onlinelibrary.wiley.com/